sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Viagem ao Rio Grande do Sul através dos Cartões Postais - Alegrete



Viagem ao Rio Grande do Sul através dos Cartões Postais

Alegrete


     Alegrete dista 497 km da capital, Porto Alegre, na chamada Fronteira Oeste.


Área da unidade territorial: 7.800Km2
Altitude média: 96m acima do nível do mar
Temperatura média: 24,8°C
Pluviosidade: 1525mm anuais
Latitude: -29,7° sul
Longitude: -55,7° oeste
População: Em 2004: 87.236 hab. - Em 2005: 87.877 hab. (Fonte: IBGE)
Data de emancipação do Município: 22/01/1857



 
Alegrete situa-se na Fronteira Oeste do Estado do Rio Grande do Sul, fazendo divisa com algumas cidades como:
- Uruguaiana;
- Quaraí;
- Itaqui;
- Manoel Viana;
- Rosário do Sul;
- Cacequi.



 
 
   
Fonte: http://www.alegrete.rs.gov.br/site/?bW9kdWxvPTEmYXJxdWl2bz1jaWRhZGUucGhw&pagina=dados  (sítio da Prefeitura de Alegrete, 18/01/2013)

     Alguns dados da História:
     A área onde se encontra o Alegrete pertenceu às missões jesuíticas espanholas.
     Em 1801, foi conquistada para a coroa portuguesa por Borges do Carmo e Santos Pedroso.
     Em 1814, foi construida a primeira capela, essa povoação é invadida e queimada por tropas uruguaias de José Artigas. A Localidade é conhecida hoje como Capela Queimada.
     Uma nova povoação surge em outro local, um pouco distante e em outra margem do rio.
     Em 1835, com a Revolução Farroupilha, torna-se a 3ª Capital da República Riograndense.
     Aos 22 de janeiro de 1857 é elevada a categoria de cidade.

     Atual prefeito (2013): Erasmo Gueterres Silva


     Outras informações:
     Mario de Miranda Quintana nasce no Alegrete aos 30/07/1906. Falece aos 05/05/1994 em Porto Alegre.

- "Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.

Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?

Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Erico Verissimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras."-




(Texto escrito pelo poeta para a revista IstoÉ de 14/11/1984)

Fonte: http://www.rs.gov.br/marioquintana/ sítio criado para as comemorações do centenário de seu nascimento, extraído 13/13/2013


Os Arroios

Os arroios são rios guris...
Vão pulando e cantando dentre as pedras.
Fazem borbulhas d'água no caminho: bonito!
Dão vau aos burricos,
às belas morenas,
curiosos das pernas das belas morenas.
E às vezes vão tão devagar
que conhecem o cheiro e a cor das flores
que se debruçam sobre eles nos matos que atravessam
e onde parece quererem sestear.
Às vezes uma asa branca roça-os, súbita emoção
como a nossa se recebêssemos o miraculoso encontrão
de um Anjo...
Mas nem nós nem os rios sabemos nada disso.
Os rios tresandam óleo e alcatrão
e refletem, em vez de estrelas,
os letreiros das firmas que transportam utilidades.
Que pena me dão os arroios,
os inocentes arroios...

(Baú de Espantos)




     Oswado Euclides de Sousa Aranha, nasce no Alegrete aos 15/02/1894. Falece no Rio de Janeiro aos 27/01/1960.
     Advogado. Foi Intendente Municipal em 1925. Amigo de Getúlio Vargas. Foi Ministro da Justiça, Ministro da Fazenda, Embaixador, Ministro das Relações Exteriores e Presidente da ONU. Participou da criação do Estado de Israel.
A Revista de História da Biblioteca Nacional, Nº 88, janeiro/2013 apresenta um artigo sobre Oswaldo Aranha e a questão nazista. 

     João Alves Jobin Saldanha, nasce no Alegrete aos 03/07/1917. Falece em Roma aos 12/07/1990.
     Jogador de futebol. Jornalista. Técnico de futebol. Treinou e classificou a Seleção Brasileira de Futebol que viria ganhar a Copa do Mundo de 70 – mas não foi seu técnico, coisas do militarismo...Era o comentarista da Copa do Mundo de 90 da hoje extinta TV Manchete, quando veio a óbito.

     Paulo César de Campos Velho, conhecido como Paulo Pereio, nasce no Alegrete aos 19/10/1940.
     Ator, narrador participou de filmes importantes e produções para a televisão, algumas de suas participações:
Os Fuzis (1964) de Ruy Guerra;
Terra em Transe (1967) de Glauber Rocha;
Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia (1977) de Hector Babenco;
Roque Santeiro (1985);
Anos Dourados (1986);
Presença de Anita (2001)....




Os Cartões Postais


 
Vista parcial da cidade - Editora Ambrosiana 2585/P

 
Banco Itaú - Casa De Re. Rua dos Andradas - Editora Ambrosiana 2316/P
 

 
Vista parcial da Prefeitura Municipal - Editora Ambrosiana 2587/P
 

 
Vista parcial. Instituto de Educação Oswaldo Aranha - Editora Ambrosiana 2519/P
 

 
Escola de 1º Grau Divino Coração. Fundada em 5 de fevereiro de 1907
 

 
Vista parcial. Igreja N. Sra. Conceição e Fundação Educacional - Editora Ambrosiana 2520/P
 

 
Igreja Nossa Senhora da Conceição. Praça Getúlio Vargas - Editora Ambrosiana 4953/P
 
 

 
Monumento à Mãe. Praça Getúlio Vargas - Editora Ambrosiana 4956/P
 
 

 
Piá de Estância. Praça General Osório - Editora Ambrosiana 4955/P
 
 

 
12º Batalhão de Engenharia de Combate. Portão das Armas - Editora Ambrosiana 2313/P (Exclusividade Deré & Cia Ltda)
 

 
Vista Noturna. Chafariz. Praça Getúlio Vargas - Editora Ambrosiana 2317/P
 
 

 
Termoéletrica Oswaldo Aranha. Ponte Borges de Medeiros - Editora Ambrosiana 2586/P
 
 

 
Vista aérea parcial do Matadouro Frigorífico - Editora Ambrosiana 2318/P
 
 

 
10º B. LOG Vista panorâmica - Editora Ambrosiana 2315/P
 
 

 
12º Batalhão de Engenharia de Combate. Vista parcial - Editora Ambrosiana 2312/P
 
 

 
12ª Cia. COM.12ª Companhia de Comunicações - Ambrosiana 4950/P
 
 

 
Estação Rodoviária de Alegrete. Praça Oswaldo Aranha - Editora Ambrosiana 4952/P
 
 

 
Cerro do Tigre. Fazenda Cerro do Tigre - Editora Ambrosiana 4951/P
 
 

 
Ponte de Pedra do Cerro Negro. Fazenda Cerro do Tigre - Editora Ambrosiana 4954/P
 
 
 
 
     Um canto de amor a terra, talvez uma das mais conhecidas canções gaúchas, um passeio pelo Alegrete.
 
 
Canto Alegretense
 
 
Antônio Augusto Fagundes e Bagre Fagundes
 
Não me perguntes onde fica o Alegrete
Segue o rumo do teu próprio coração
Cruzarás pela estrada algum ginete
E ouvirás toque de gaita e de violão
Pra quem chega de Rosário ao fim da tarde
Ou quem vem de Uruguaiana de manhã
Tem o sol como uma brasa que ainda arde
Mergulhado no rio Ibirapuitã
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduí
E na hora derradeira que eu mereça
Ver o sol alegretense entardecer
Como os potros vou virar minha cabeça
Para os pagos no momento de morrer
E nos olhos vou levar o encantamento
Desta terra que eu amei com devoção
Cada verso que eu componho é um pagamento
De uma dívida de amor e gratidão
Ouve o canto gauchesco e brasileiro
Desta terra que eu amei desde guri
Flor de tuna, camoatim de mel campeiro
Pedra moura das quebradas do Inhanduí