segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Cartões Postais

Buenas!





     A quarta série de cartões postais nos mostra um pouco das Filipinas.
     Estes postais forma enviados por Angeline Espiritu.



Fort Santiago. Intramuros. Photo (Daniel Carpentier)

  


          Intramuros (é um distrito da capital, Manila), é a fortificação de parte da cidade, feita pelos invasores espanhóis no século XVI, preserva a arquitetura do período (barroca). Em 1ª plano uma caleça, destinada aos turistas, em outro postal vemos outra (a rigor podemos chamar de charrete) na cidade de Vigan destinada a população local.



Kalesa - a traditional horse-drawn carriage. Vigan, Ilocos Sur. (Photo: Eric Pasquer)



     Miag-ao é cidade da província de Iloilo, tem uma igreja (Miag-ao ou são Tomas) em estilo barroco, o barroco incorpora características locais (a palmeira que vemos no frontão é um deles).  A igreja é a defesa contra o mal (tanto espirituais como o invasores), que fica evidente pela arquitetura das duas torres, ao que me parece foram terminadas em épocas distintas. É patrimônio UNESCO.


Iloilo, Miag-ao. Miag-ao Church officially known as Santo Tomas de Villanueva is a prime example of Philippine rococo style. Church resembling fortress dates back to 1787 and is inclued in the UNESCO's world heritage list (Photo: P. H. Lefebre)




     Outros dois postais mostram um ritual de chefe tribal e outro uma dança.  A importância dos gestos, toda a simbologia do uso/posição das mãos, o olhar...



Talaandig Natives performing a solemn ritual as they inaugurate a bai Female Tribal Chief in Lantapan, Bukidnon, Mindanao (Photo: John M. Campbell)



Bilaan. A dance that depicts the lively, simple movements of birds in flight as they preen themselves, beautifully portrayed by tribal maidens. The costumes worn are typically of the Ethnic Tribe Bilaan form Cotabato.



Native merchant vending native crafts (Photo: Daniel Carpentier)




Bananue, Batad Village. Imposing landscape of centuries-old Banaue Rice Terraces overlooking Batad Village and considered as the eighth wonder of the world.  (Photo: M. Kutrowski)


      Os famosos terraços, aproveita-se o declive do terreno para as plantações.


Selos das Filipinas

sábado, 22 de outubro de 2011

Cartões Postais

Buenas!





     Na terceira série de cartões postais, os Estados Unidos estão representados.     Muito obrigado.
      

 

     Seattle é a maior cidade do estado de Washington (EUA).

     O postal mostra vistas da cidade: vista parcial da cidade (com a Space Needle Tower); o Pike Place Market – o mercado público com mais de 100 anos de atividade; ao centro, em detalhe a Space Needle Tower, além de ser torre de observação, possui um restaurante rotatório (observado nesta foto).



Seattle, Washington. Some of Seattle's greatest attractions (Photo: Ken Glaser, Jr and Jamie & Judy Wild) - Postal enviado por R. A. Buc (ID US - 1301127)





     Este postal mostra o curso do New River, desde a nascente em North Carolina, atravessando a Virginia e terminando em West Virginia, o mapa mostra vários atrativos ao longo de seu curso como Parques Estaduais e Nacional.


Este postal foi enviado por Hailey, ela tem 10 anos e coleciona postais de todo o mundo com a ajuda de sua mãe.  A arte deste postal é de Rita Damos





quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Cartões Postais

Buenas!

 


     Continuando a série de cartões postais. Aqui vai a número 2.
     Agradeço a todos pelo envio.




Emirados Árabes Unidos e suas Masjid, enviado por Fatima dos Emirates




     Este cartão postal mostra detalhes de várias Masjid (Mesquitas em português, Mosques em inglês), seus minaretes e uma velha mesquita (talvez alguém não a considere como uma mesquita, pelo seu tamanho – não sei, eu a considero como tal), nos Emirados Árabes Unidos.

     Desconheço se o Brasil, possui algum cartão postal mostrando uma mesquita.

     A Caligrafia é uma arte e uma expressão religiosa, pois o Alcorão foi nela escrito. São vários estilos de caligrafia, arte e caligrafia se unem formando “um só corpo”, há uma flexibilidade, maleabilidade da escrita, a escrita se funde em desenhos, ela forma um desenho que representa neste caso (veja o selo) um falcão.











     Valle Verzasca, na Suíça, um aprazível lugar entre montanhas.  Como acontece em outras partes, os visitantes vão brincando de empilhar as rochas.



Valle Verzasca, Suíça, enviado por Barbara. Tudo de bom Barbara em sua mudança





Mulheres Iban tocando Gong, foi enviado por Sally




     Este cartão postal mostra mulheres Iban (uma etnia da Malásia) tocando o Gong, instrumento da região, de forma esférica e com uma protuberância no centro, feito de metal. Por sua borda passa uma corda que o sustenta em uma armação. Toca-se com uma baqueta (no detalhe, uma baqueta de metal). Estes apresentam elementos marinhos e mitológicos.

     Encontrei no youtube, um festival de Gongs, mas não tocados pelas Ibans.
Vale ver e ouvir.

 

     Cemitérios, obras de arte, este cartão postal mostra um antigo cemitério, hoje não mais utilizado. É um espaço para contemplação.


Antigo cemitério judeu em Wroclaw (Polonia), enviado por Ola



sábado, 15 de outubro de 2011

Cartões Postais - Coleção

Buenas!





      Há tempos que coleciono cartões postais. A cada viagem, eu tentava ter cartões daquela cidade, museu..., mas nem sempre tive sucesso, acredito que ainda hoje muitas cidades não tenham cartões para divulgar seus atrativos. Também quem se interessa em comprar, escrever e enviar a alguém? Bem, internete, telefonia e outros meios ....

      No início, apenas postais do Brasil, agora ampliei minha coleção, tenho de vários países, graças ao Postcrossing (postcrossing.com – iniciativa de um português, e com participantes em quase todos os países).  

     Aqui estão os postais que recebo e/ou troco através do Postcrossing (postcrossing.com) e seus RR e também do Facebook.



     Agradeço a todos!



ID JP - 197186



     Uma das ruas da cidade portuária de Hakodate (Japão), tranqüilidade, árvores, quantos carros notamos?  Alguém passeia com toda a calma. Sinal de sujeira, onde?!

     O postal foi enviado por Toshio, residente em Chiba.



ID NL - 772266



     Vários aspectos da cidade de Brabant (Holanda), os famosos sapatos de madeira, a arquitetura de suas casas de fazenda e igrejas (os católicos são minoria). Eu me reconheço nestas fotos, devido aos ângulos, cortes...

     O postal foi enviado por Hanneke.



ID IE - 25744



     Dublin (Irlanda), o rio Liffey, os barcos. “The Fair City – The customs house and river Liffey during the Tall Ships visit”

     O postal foi enviado por um velho conhecido de RR, Fisherman.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Viagens por São Paulo - vila de Paranapiacaba

Buenas!




     Paranapiacaba em língua geral, isto é tupi significa lugar de onde se avista o grande rio, não existe equivalente para mar/oceano em língua indígena, eles chamavam de “grande rio” – Paraná.

     Em dias sem neblina, o que é uma constante (Adoro paisagens com neblina!), é possível ver o mar, basta ter disposição e pegar uma  trilha e comprovar que realmente se avista o mar.


Neblina, uma das construções, um dos caminhos em Paranapiacaba


     Paranapiacaba é uma vila do município de Santo André (região metropolitana de São Paulo).


Vila inglesa - portanto fog, como querem alguns


     Nasce Paranapiacaba em função da estrada de ferro (São Paulo Railway Co), ferrovia que levou muito café ao porto de Santos e passageiros também, hoje privatizada não leva mais passageiros.

     Ferrovia construída pelos ingleses, com capital inglês e do barão de Mauá. O principal empecilho era vencer o desnível da serra com o planalto, engenheiros ingleses viram ser possível e aí está a ferrovia. Ganhou concessão por 90 anos! Em São Paulo, a Estação da Luz incendiou-se! Pouco antes do término da concessão, queimaram-se documentos..., enfim isso é outra história.

     Construída na segunda metade do século XIX, a ferrovia (estação) não é a mesma, passou por intervenções, remanejamento de linha (uma segunda linha funicular), abandono e incêndio.

     Todo o conjunto (estação, museu (acervo: equipamentos...), a vila (construções) e paisagem são tombadas pelo Condephaat e IPHAN.

     O Museu Tecnológico Ferroviário ou Funicular é administrado pela Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), o acervo é composto por locomotivas, carro fúnebre, equipamentos para manutenção e operação do sistema funicular entre outros.


O Museu Funicular


     O sistema funicular, em resumo é o sistema de tracionamento de locomotivas e vagões por meio de cabos de aço, que funcionavam como puxa-puxa, dando sustentação as locomotivas, tanto na descida como na subida, funcionavam as máquinas em seus 5 patamares. E é no 5º patamar que fica o museu.



???   ?????? ? - Caso queira saber, vá ao Museu



     Pode se fazer um passeio de Maria-Fumaça, um trajeto curto, mas vale a pena.

     O dinheiro pago no Museu e o passeio é revertido para a restauração/manutenção da memória ferroviária. O dinheiro é pouco e muitos vagões esperam por restauro, escrever que muito há que se fazer, faz parte do senso comum e todos sabem disso, mas ao menos algo é feito.

     A vila é um museu a céu aberto, e percorrendo-a, observamos as antigas construções (algumas em ruínas, outras necessitando de urgente restauração – assim como a linha férrea), notamos uma hierarquia nas construções. São casas construídas em madeira, alvenaria; umas pequenas outras maiores; alojamento para solteiros (que vinham trabalhar na estação).

     Grande é a casa do engenheiro-chefe, transformada em museu que resolveram chamar de Castelinho. Fica num lugar privilegiado, no alto de uma colina, tem se uma visão de toda a vila, sendo isolada de todas as demais construções (questão de hierarquia, no topo os que comandam, abaixo, abaixo os outros!).

     O local foi cenário para novela “Um Homem muito Especial”, exibida pela Bandeirantes em 1980.


Se o britânicos tem os seus castelos, cá temos o nosso.


     Ainda pode visitar a Casa Fox, o Clube União Lyra Serrano, o Antigo Mercado (Antigo, talvez para diferenciar de algum mais novo ou dar certa solenidade ao local, ou talvez em sua certidão de batismo já tenha vindo com este nome, sinceramente não sei, mas afinal quase tudo é antigo na Vila). E o bar da Zilda, parada para apreciar um Cambuci.

     Cachoeiras há, trilhas que levam ao litoral também, é preciso conhecer o local, saber como se aventurar pois muitas beiram precipícios, encontrarás guias credenciados que te ajudaram nesta empreitada. Muitos se perderam por desconhecidos caminhos e necessitaram de resgate.

     Atualmente há um serviço de trem, partindo da Estação da Luz e Estação de Santo André, mas apenas nos fins de semana. A procura é grande, sendo necessário agendamento. Ou podes preferir ir em qualquer dia, descer em uma das estações históricas de Ribeirão Pires ou Rio Grande da Serra e pegar um ônibus – nesta opção descerá e conhecerá a parte alta da vila, entrará na igreja de fins do XIX, fará uma prece, visitará o cemitério que fica ao lado da igreja, talvez se apiede e veja o abandono daquela última morada.

     Passará pela passarela, verá o Relógio da Estação, grande regulador das horas, lembrando do tempo que é e do que se passou – este relógio é britânico (mas quase toda a vila o é, ao menos nasceu britânica). Chegará ao bar da Zilda...


A Torre do Relógio


     A prefeitura de Santo André tem promovido a restauração de diversos imóveis e revitalizando a Vila, temos o Carnaval e o Festival de Inverno que sempre atraem considerável público. Pousadas foram instaladas nestas antigas casas. Ateliês também.


A Parte Baixa da vila vista da Parte Alta


   

sábado, 8 de outubro de 2011

Viagens ao Rio Grande do Sul - Gramado

Buenas!





     Apenas 115 km de distância de Porto Alegre e 7 km de Canela.


Gramado e as torres de telefonia... e igreja do Relógio


     O turista pode visitá-la durante qualquer época do ano, não apenas durante o inverno (face a expectativa de neve), atrativos não faltarão em outras épocas.

     De uma cidade de veraneio..., bem já sabes se leu o chasque sobre Canela.

     O tradicional Natal Luz, começa em novembro e termina em janeiro, é um evento grandioso com desfiles pelas ruas do centro, apresentação de corais, árvore cantante e várias apresentações pela cidade. A cidade se ilumina, se enche de luz, cor. A avenida Borges de Medeiros é sonorizada. Residências e comércio tem suas fachadas decoradas, iluminadas. Papai Noel e ajudantes. Tudo começou em 1986....

     Papai Noel que mora na cidade, Sim ele mora em Gramado! recebe os visitantes em sua própria casa, uma construção em estilo bávaro, toda decorada com motivos natalinos. Mora em um parque conhecido como Knorr ou Aldeia do Papai Noel, na rua Bela Vista.  Bela Vista, porque de sua residência é possível ter a “bela vista” do vale do Quilombo.


Eis a Casa do Papel Noel no mais puro estilo bávaro, ao fundo vista do vale do Quilombo



     O Parque Knorr foi idealizado por seu proprietário Oscar Knorr em 1940. No seu parque além da flora, encontramos renas, sim, renas que ajudam o Papai Noel, dispõe também de um museu de brinquedos, fábrica de brinquedos, casa de seus ajudantes (os Elfs) e alojamento para os Papais Noéis que participam dos eventos.


Parque Knorr


     Mamãe Noel tem sua residência em Canela...É, modernidade!!

     A igreja de são Pedro, construída em 1942, sua torre tem 46 m.


São Pedro


Igreja de são Pedro



     A igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), do apóstolo Paulo, também conhecida como igreja do relógio, construída em 1961.


Detalhe da igreja de são Pedro e ao fundo a igreja luterana




    O Festival de Gramado de Cinema realizado em agosto. Distribui um troféu de nome Kikito, de tão famoso ganhou monumento localizado na praça onde estão hasteadas as bandeiras de todos os estados do Brasil.

     O Lago Negro idealizado por Leopoldo Rosenfeldt em 1953, após um incêndio destruir a “mata” nativa do local. Árvores foram trazidas da Floresta Negra (Alemanha). As trilhas do parque tem o colorido das flores, hortênsias.

     Há passeios de pedalinho em forma de cisne. Bucólico?


Lago Negro e seus pedalinhos e hortênsias à margem
               


     As hortênsias não são nativas do Brasil, são da China e Japão. Mas elas vingaram pela região que também é conhecida como Região das Hortênsias.

     Cascatas na cidade temos, espero que em breve elas sejam devolvidas ao público. Infelizmente é difícil controlar/fiscalizar/gerenciar o destino dos esgotos!

     Uma dica de passeio é visitar o interior da cidade, são diversas linhas e com muitos atrativos. Há produção de erva-mate, vinhos, lugares onde pode comer e beber, muitas igrejas, capelas e capitéis. Temos um museu familiar, na Linha Bonita, Museu da Família Pizetta, imperdível.


Museu da Família Pizetta


     Adoro museus, ainda mais estes, familiares que evocam reminiscências sem comprometimento com nenhuma organização de gabinete. Ele existe pelo amor de rememorar o passado, de não descartar objetos, que para muitos teriam destino: lixão ou sucata. Felizmente temos pessoas que se preocupam em resguardar tais memórias e ainda demonstrar alguma técnica de um passado nem tão distante assim.  Aqui estão seguros.


Capitel

     Passeando pelo interior você encontrará muitos capitéis. Eles estão aí, não para você turista, ele não foi feito pra ti, é antes de tudo um signo de fé da comunidade.

     Os pórticos também se destacam são: entrada via Nova Petrópolis, entrada via para Taquara.
     
         Opões de hospedagem são muitas e para todos os gostos e bolsos. Desde o mais simples o atendimento é ótimo e a mesa farta. Restaurantes internacionais também os há, cafés-coloniais (o primeiro café-colonial surgiu na cidade e encontra ainda em atividade – vale a pena conferir).

     Como em Canela, uma Casa do Colono vende os produtos do interior, são cucas, salames, artesanato e um mais não sei o quê de coisas boas e gostosas. Fica ao lado da rodoviária.


                                                PROCURA-SE

Meu leitor/minha leitora, caso te reconheças ou conheça quem está por trás desta roupa, conte-me. É preciso dar crédito ou seja, nome a este boneco de neve.


       

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Continuando a viagem por Canela

Buenas!
Mais algumas fotos de Canela.

Aprecie.
Visite-a.
Curta cada momento e procure descubrir novos lugares, há muitos escondidos, muitos que não constam dos tradicionais roteiros de turismo. Procure o desconhecido e não se arrependerás.






Arroio Caracol, antes da grande queda


A cascata do Caracol


Detalhe de uma das miniaturas do Mundo a Vapor


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Viagens ao Rio Grande do Sul - Canela

Buenas!





     Canela dista 120 kms da capital, Porto Alegre.

     Região serrana, estrada com belas paisagens e pedágios.

     A mais antiga referência que se tem da localidade é de 1821. A origem do nome do município é de uma árvore, a Caneleira que servia como referência na região como local para marcar encontros, bate-papo e saber das novidades.

     O desenvolvimento da região se dá pela implantação da Estrada de Ferro entre os anos de 1913-1925, pelo coronel João Corrêa Ferreira (hoje dá nome a uma praça no centro da cidade), fazia a ligação Canela-Taquara. Infelizmente, não temos mais a estrada de ferro, nem como linha turística, foi destruída pela rodagem. Como lembrança ficou o prédio da estação, ocupado pelo Centro de Informações Turísticas e pela Casa do Artesão (turistas podem comprar lembrançinhas), resta também um vagão.

     No início do povoamento, muita madeira foi extraída das florestas, muitas serrarias estabeleceram-se devido a abundância de pinheiros e outras madeiras. Hoje restam algumas serrarias,  florestas são derrubadas para dar lugar a casas-grandes e empreendimentos em hotelaria.

     A Catedral de nossa senhora de Lourdes, chamada de "Catedral de Pedra", é projeto do arquiteto Bernardo Sartori, em estilo neogótico. Tem revestimento em pedra basalto, sua torre tem 65 m e um carrilhão com 12 sinos.

Interior da Catedral


Capela do Santíssimo


Tímpano


Face lateral da Catedral de nossa senhora de Lourdes


Catedral de nossa senhora de Lourdes


 
     Canela dispõe de boa infra-estrutura para receber o turista, atrativos durante todo o ano não faltam, destaco o Sonho de Natal, a Páscoa (semelhante à Gramado, o chocolate (indústria e comércio) é um dos grandes eventos (não apenas na data máster) e a Temporada de Inverno.  A expectativa de neve atrai o porto alegrense. Muito frio já passei, mas um frio gostoso!

     Funcionários do Centro de Informações Turísticas, cobriam o orelhão em dias frios.


Orelhão protegido, antigo local em que funcionou o Centro de Informações Turísticas

 


     Nós primórdios Canela era uma cidade de veraneio, recomendada para as famílias se livrarem dos males da cidade grande.

     A cada retorno, um novo atrativo é presente na cidade, opções de parques, museus enfim, tudo para deixar o turista ocupado enquanto se diverte.

     Boa comida à mesa, restaurantes, churrascarias e cafés-coloniais.

     Tanto comércio, que muitas casas no centro perderam seus jardins, reformas foram feitas, não mais gnomos e anões moram em seus gramados, despejados foram, o Capital prevalece face à outros interesses.

     Em um dos vales produz se vinho.

     O Parque Estadual do Caracol é um dos lugares mais visitados, a cascata do Caracol despenca 131 m, uma escada leva até a base (fantástica descida, lado a lado,  paredões rochosos, respingos daquela água). Se não queres descer, do outro lado um elevador dá uma vista do alto, acima das araucárias.


     Na Estrada do Caracol, temos ainda o Castelinho Caracol (museu e onde se pode comer um delicioso apfelstrudel em sua casa de chá), o nome cai bem, enobrece a casa erguida em madeira na década de 10 do século XX, ainda é um lugar tranquilo em meio à vegetação.  E também o Parque do Pinheiro Grosso (uma Araucária bem idosa (estima-se que tenha seus 700 anos), 48 metros de altura, o grosso não é devido a sua rabugice e sim porque são necessários 12 pessoas para lhe dar um abraço.

     O Mundo A Vapor (Parque Temático Mundo a Vapor) na estrada em direção a Gramado (RS-235), é um ótimo atrativo, à entrada temos uma locomotiva saindo da fachada (reproduz um acidente em Paris de 1895). Em seu interior vamos encontrar miniaturas, réplicas de  processos industriais (serraria, olaria, hidrelétrica, fábrica de papel),  elas funcionam!!!

      É um museu de origem familiar, o patriarca da família fazia a manutenção e conserto de máquinas (como o locomóvel), de muitas serrarias, seus filhos começaram o ofício do pai e, por diversão faziam miniaturas,  hoje vemos a dimensão que aquelas brincadeiras se tornou.. Não deixe de visitar!

domingo, 2 de outubro de 2011

Continuando a viagem por São Miguel das Missões

     As missões produziam suas telhas que cobriam as edificações (ao contrário das primeiras que palha utilizavam, portanto alimento para o fogo e acabavam por destruir o trabalho daqueles jesuítas e guaranis) e também as ruas eram cobertas, não queriam os jesuítas se molhar em dias de chuva. Ruas eram calçadas com ladrilho cerâmico.  Muitas cidades no Velho Mundo, não possuiam toda essa comodidade.




Coluna com capitel compósito e ábaco




Frontíspicio,frontão com amendoa, janela central, pináculos e voluta


     As Coroas decidiram, fico com Sacramento e tu com as Missões. Redefiniram a fronteira.
     Guaranis e jesuítas deveriam se mudar para outras bandas.  Sabemos o que significa a terra aos guaranis, o lugar onde se vive e o quanto era trabalhoso aos padres da companhia, fazê-los mudar para outras reduções assim que o limite populacional fosse atingido. E aos jesuítas, poder contestado e ter que se desfazer de seu comércio. Não seria fácil!
     Fez se a guerra, duras batalhas. Restaram ruínas ao perdedor.
    Passaram se os anos, o tempo foi inclemente, pilhagens (muitas obras escultóricas missioneiras desapareceram, outras encontram-se em residências particulares, alguns doaram aos museus), muitas casas construídas com aquelas pedras.

Hoje um espetáculo se Som e Luz, narra a epopeia.
Guaranis, mestiços vendem seu artesanato aos turistas que visitam as ruínas.







A Cruz Missioneira
                                                   



Viagens ao Rio Grande do Sul - São Miguel das Missões

     Acompanhe as viagens pelo Rio Grande do Sul, com informações sobre as localidades e imagens.
     O texto vai curto, o que não impede que tu leitor tenha alguns bocejos e considere isto um enfado. O espaço é livre e democrático, poste críticas.

     São Miguel das Missões dista 483 km da capital, Porto Alegre.
     Tem nas ruínas da igreja de São Miguel Arcanjo, seu principal atrativo, declarada pela UNESCO - Patrimônio Cultural da Humanidade em 1983.
     O Museu das Missões, projeto de Lúcio Costa, reúne importante acervo com imagens sacras oriundas das Missões, a arquitetura do museu é baseada nas antigas habitações missioneiras.
     Houve uma primeira São Miguel Arcanjo,fundada em 1632 em outro local e abandonada devido as investidas dos mamelucos paulistas.
     Estas ruínas são da construção iniciada em 1735 e terminada entre 1744 - 47. Em 1787, José Maria Craber, fez o seu risco  e, por este meio a conhecemos em sua plenitude.
      O seu projeto é atribuído ao arquiteto Gian Battista Primolli, nascido em Milão. Este projeto guarda semelhanças com a primeira igreja dos jesuítas construída em Roma, a igreja de Gesù, entre os anos de 1575 - 1577.
     Ela possuía um alpendre com cinco arcos, três naves, o batistério, a torre (do lado direito), transepto, capela-mor, sacristia.
     O estilo é o barroco, este estilo é ligado diretamente aos jesuítas, o estilo da Contra-Reforma. (não há necessidade de te cansar, caso queiras um aprofundamento,  um novo tópico surgirá). Decorado com pilastras e capitéis com forma jônica, flores e folhas nativas. Um frontão triangular, linhas curvas com volutas e ao centro a imagem de são Miguel. Ele não abandona as formas clássicas, mas incorpora o elemento nativo em sua arquitetura.
      São Miguel possuía mais de 1430 casas, cada qual ocupada por uma família de índios (a família indígena é composta por pai, mãe, filhos e netos), ocupavam mais de 16 quadras.
      Toda vez que uma redução atingia seus 4000 - 5000 habitantes, parte era transferida para outra redução recém-fundada. O que não agradava muito aos guaranis, pelo seu "amor a terra".
      Possuia um colégio, casa das viúvas e órfãos, um cemitério e as oficinas. Além de campos de cultivo. Comercializava a erva-mate (tornou-se a principal renda das missões, olhos gananciosos de governantes sucitaram conflitos...)
      Sabemos que na missão de são João, produziu ferro. (não possuia minas de ferro na região, o ferro era extraído de uma rocha, o grande mentor foi o padre Sepp, o sino de são Miguel Arcanjo foi forjado nessa redução). Portanto, as diversas missões tinham um intenso intercâmbio.
      Os reduzidos produziam arte, a arte missioneira, música (infelizmente não chegaram até nós, registros das nossas), o maior acervo de musica oriunda das missões pertence à igreja de san Inácio (próximo a Santa Cruz de la Sierra - Bolívia), como havia um intenso intercâmbio entre as reduções é possível que muitas dessas músicas fossem executadas em outras missões.




sineira


Detalhe do capitel com a inscrição 1730